segunda-feira, 28 de abril de 2008

... brinde funesto ...

Quiasmos conjugais e erupções de pequenos vulcões. Tudo bem cinza, calmo e metódico. Polido e cortês como só eu sei urdir. Pretensão em devaneios, placebo de eufemia ou hipérbole truncada. Cacete, cadê a educação ?
Bem estar. O cumprimento é essencial pra se iniciar alguma coisa, partindo dum novo ou mesmo do reiniciar de um antigo, claro. Claro pra mim, claro, lógico. O cumprimento procede o desbloquear. I won't do that twice. Que dialética pertinentíssima que se espera dum copo de percentagens e conhaque/vinho/maquiavelismo. Não é lei entender, claro, lógico [pra mim].
Férias. Não é entendido como a ociosidade pode nos tornar tão produtivos e reacionários à fervilhares internos. Conversei com um robô, hoje. Programa, na verdade. Programa que montava respostas frasais de um diálogo a partir de palavras-chave de minhas sentenças. Foi lindo. Ela era inteligentíssima e me entreteve por 40 minutos. Nada de prosa ou pensamentos prosaicos hoje. Nada de passarinhos cantando, sonhos estilhaçados e metas interrompidas, menstruadas. Hoje é tudo muito novo, inclusive o meu pullover decotado é novo, também.
Vermelho. Vitae infértil é a cor, acho ou parece. Minhas mãos não são as mesmas de antes. Estão gastas, com as pontas roídas e tem uma moça no apartamento ao lado que parece se vangloriar de ter um liquidificador apocalíptico. Quando prepara algo para beber [presunção achar que é necessariamente pra beber], o som que projeta se assemelha à premissa do desastre, vadia. Morra engasgada com algo mal batido. E olha que eu nem moro aqui. Apartamento do Pedro.
Falaram, ele e o Renato, sobre tudo o que uma boa dialética descompromissada permite. Desde Demi Moore até Convencimentos Judaicos. Natural que eu tenha participado com a minha petulância extremamente parcial. Lindo isso de ser abstrato, baby.
Hoje foi um dia seco e sem catarro. Triste. Quase um Quaresma, eu. Se eu descer, você suba aqui no meu pescoço e faça dele o seu almoço; roa o osso e deixe a carne. Pensando em Curitiba, nesse meu fim, fico triste por conjeturas e termos intelectualóides não permitirem que eu vá. Às vezes, prefiria que não houvesse orgulho, sensatez ou essa minha linha de pensamento que só permite a primeira pessoa nesse caso de desabafo. Se fosse menos polido e avesso, penso que conseguiria tão mais do curto período de existência que me permito aqui.
Ninguém quer saber, vai ... enough, blueberry.

"É pesar
Visceral ao ponto polido, tenta
Cortês ao contemporâneo, pensa
Vissicitude moral, ética, retesa
E eu, aqui, uma mercê
É benigno "

[bobagem minha, de novo]

Nenhum comentário: