segunda-feira, 28 de abril de 2008

... da denotação polissêmica ...

Decisões, decisões.

Robespierre que era espertinho: invariavelmente, convidava à guilhotina. Neurastênico. Neurastenia me mata, sabe ? Não afogado - que é o que eu desejo imensamente -, mas de um jeito irritante, frustrante. Compreensão não é necessária, compreensão é metafísica. Não tem de ser forçada, tem de fluir, fruir. Como um saco bêbado na escada, pronto pra 'se jogar', se empurrado - se desejado. Robespierre que era espertinho: categoricamente, convidava à guilhotinha. Neurastênico. Neurastenia me frustra, sabe ? Não afogado - que é o que eu já quis -, mas de um jeito medíocre ou, acha-se, intenso demais. Compreensão não é necessária, compreensão é meramente cordial. Não soa; ressoa. Como a queda dum saco com a leveza dum clown de Shakespeare, empurrado, pela escada. Robespierre que era espertinho: acabou na guilhotina. Neurastênico. Neurastenia me deixa intenso demais, sabe ? Compreende-se metafisicamente, cordialmente. Não soa irritante e nem ressoa frustrante, apenasmente mata. Como o afogamento, que tem um quê de monalítico ou o caralho a quatro.
Neurastenia sempre me deixa um corte que lembra uma boceta purulenta ou, quem sabe, uma fenda com lodo borbulhante - não o da ignorância, que esse já sou eu. Avatar, só, ego bobo.
Concordando com os pássaros, já passou da minha hora, que não pretende ser de verão. Pretender. Pretende, só. Elas me acompanham bem, as sonatinhas deles. Bem trovadorescas, acho. Sempre achei. Não me cansam, as trovas. Me cansa ter de matar todas as baratas do meu caminho; fome. Sempre olham pra mim como a outra olhou pra G. H.; fome. Nhac. Ulalá. Quiçá, um dia, hein ? Sentí-la, salgada, com meu dedo, sentí-la, salgada, com minha boca. Quando pequerrucho, bebi barata no Nescau. Não apreciei o momento.

Sim, os pássaros. Cantam. Deu a minha hora. Que, reitero, não é a de verão. Não não e não! A minha hora e a dos meus dois amigos aqui: Steven the Vegan e o Wilson - que sumiu, insular, o maldito.
Triste porque os tios das casas de rações pararam de se reunir pra conversar sobre o canto dos passarinhos (e comprar, engaiolados, outros. ah!, que se resolvam, ambos; não tira a beleza, ainda assim, pra mim).
"I'm waiting for you."
"To do what?"
"Leave me."

Sem mais dúvidas. Varanda de algum lugar, então. Mesmo que o passado seja mais presente que um tumor no braço esquerdo - que eu uso mais que o direito. Mesmo que o passado seja mais torrencial que água corrente ou suor corrente ou pus e coisa... e tal. Varanda.

Dúvidas. Decisões. Guilhotina. Afogamento. Docinho.

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